domingo, 3 de fevereiro de 2013

Missão

Missão é a função que a Espiritualidade nos conferiu para, no limiar da Nova Era, ajudar na recuperação do maior número de espíritos possível para que possam alcançar planos mais evoluídos. Isso inclui nossos próprios espíritos, porque temos que buscar nossa evolução através do trabalho mediúnico, com amor, tolerância e humildade, e isso só é possível com nossa dedicação à Lei do Auxílio.

A Espiritualidade nos deu a missão, mas não nos obriga a ela. Cumpri-la ou não vai depender somente de nós mesmos, de nosso livre arbítrio.

Por isso, não temos como induzir ou forçar alguém a nos seguir. Nossa missão é, primeiro, manter nosso equilíbrio e ampliar nossos conhecimentos num permanente desenvolvimento mediúnico, e depois, a ajuda aos nossos irmãos encarnados e desencarnados, com o amor colocado em ação na Lei do Auxílio.

Mesmo entre nós, na Corrente, temos parte dessa missão, pois precisamos estar atentos aos companheiros de luta que, esquecidos de seus compromissos, se deixam ficar parados, presas do desânimo, estagnados por crises emocionais e momentos de dificuldades psicológicas ou materiais.

Com muito amor, temos que alertá-los para o que está acontecendo, mas sem julgar, nem criticar e nem obrigar. Sempre ouvimos Koatay 108 nos dizendo que só sabemos que estamos realmente evoluindo quando deixamos de nos preocupar com a conduta dos outros. Devemos, sim, nos preocupar com nossa própria conduta, mantendo elevado nosso padrão vibratório, harmonizado o nosso espírito e saudável o nosso corpo, o que nos torna mais capazes para nossa missão. Temos que ser instrumentos o mais perfeitos possível para desempenhar as tarefas de que nos incumbiram os Espíritos Iluminados, sabendo emitir um ectoplasma luminoso, projetar vibrações de elevado padrão, trabalhar assiduamente, onde quer que seja necessário, na Lei do Auxílio.

Jesus, segundo Mateus (X, 8 a 10) entregou a missão a seus apóstolos:

“Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios; dai de graça o que de graça recebestes. Não queirais possuir ouro nem prata, nem tragais dinheiro nas vossas cintas, nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem calçado, nem bordão, porque digno é o operário de seu alimento.”

Nestas palavras se resume nossa missão, onde se ressalta que nada devemos cobrar ou receber pelo nosso trabalho mediúnico, nem perseguir as riquezas materiais, para que não percamos nossa humildade nem nossa simplicidade. Quanto aos trabalhos de cura e de desobsessão, é o que buscamos fazer em nossas participações nos Sanday, dentro da Lei do Auxílio, sempre dentro da correta conduta doutrinária e observação das instruções e Leis que nos regem.

E Jesus ainda disse (Mateus, X, 16 a 20):

“Eis que eu vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Guardai-vos, porém, dos Homens. Arrastar-vos-ão para os seus tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas, e por minha causa sereis levados à presença dos governadores e dos reis, para lhes servirdes, a eles a aos gentios, de testemunho. Quando vos levarem, não cuideis com o que haveis de falar. Porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer. Porque não sois vós que haveis de falar, mas o Espírito de vosso Pai é o que fala em vós.”

Esta é a noção clara da intuição, do pronunciamento da Voz Direta através do médium, um dos principais elementos do missionário.

“Certa vez dois grandes sábios e seguidores de Cristo partiram em uma peregrinação, chegando a uma pequena cidade, onde um povo cristão, feliz, os acolheu com carinho. Mas era grande a necessidade daquele povo, em que Jesus colocara, também, forças desiguais. Os sábios mestres sentiram aquela grande necessidade mas, também, um toque de vaidade por se sentirem tão úteis àquele povo. Então, se perguntaram: Curar ou doutrinar aquela gente? Sim, curar, induzindo-lhes ao trabalho, pois todo aquele que se eleva no trabalho, gradativamente vai recebendo sua lição, a verdadeira lição com o amor extraído do palpitar de sua mente e de seu coração, e não a lição da teoria, mesmo que de velhos sábios, pois a lição de um sábio, ontem, pode ser hoje superada por uma magnífica manifestação de um discípulo. O sábio mais velho partiu. O outro, não resistindo à sua vaidade, ficou e foi ensinar. Formou sua academia, limitando aquele povo aos seus conhecimentos. Enquanto isso, o que partiu jogou-se à prática, escrevendo, traduzindo, acumulando tudo o que via, e não teve tempo de aproveitar sua linguagem pois, de certa forma, era projetado e sempre superado por tudo que aprendia dos seus discípulos.

Por fim, já de volta, encontram-se os velhos sábios, e recebem a mais ardente das lições: o encontro com a Caridade! Aprender trabalhando e não ter a pretensão de saber. A dor é o espinho no coração do Homem. Após extraída, permite que desabrochem conhecimentos transcendentais de que nenhum mestre é capaz de transmitir.” (Tia Neiva, s/d)